O Brasil tem o quinto Big Mac mais caro do mundo – informou nesta sexta-feira a revista The Economist, responsável por divulgar semestralmente o Índice Big Mac. Ele mede, a partir do preço do lanche em 57 países, quão uma moeda está sub ou sobrevalorizada em relação ao dólar.
O custo do lanche no País só é menor do que na Suécia, na Suíça, na Venezuela e na Noruega. No Brasil, o sanduíche sai por US$ 5,28 (R$ 11,99); nos Estados Unidos, por US$ 4,56 (R$ 10,35).Em dezembro, com o dólar em R$ 2,05, a diferença era de 30% entre o preço do lanche no Brasil em relação ao americano; agora, com o dólar cotado a R$ 2,27, está nos 16%.
Na prática, isso representa que o real, mesmo em franca desvalorização no primeiro semestre, segue bastante sobrevalorizado em relação ao dólar. Ou seja, a moeda brasileira tem um poder de compra inferior ao das moedas de todas as outras 52 economias onde o Big Mac é mais barato.
Mas a questão não é apenas cambial, vale lembrar. A partir daí, pode-se medir também o alto custo Brasil. O Big Mac é feito em qualquer lugar do mundo com os mesmos ingredientes, seja em São Paulo, Tóquio, Moscou ou Nova Deli – a capital da Índia, por sinal, tem o lanche mais barato do planeta: US$ 1,50. E, embora a valorização do câmbio seja considerável, entram nesta conta ainda inflação, impostos, gastos com energia, mão de obra e demais fatores peculiares de cada economia.
Fonte: Blog Radar Econômico
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